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Quem observa e conhece as atitudes, bastidores e comportamentos não se engana com as palavras.
E nada pior que um bom discurso seguido de um péssimo exemplo.
Os últimos ciclos da seleção masculina, seja sob comando de Renan ou Bernardinho, foram assim.
O Senado, com seus personagens conhecidos, e o jogo de cartas marcadas ditando as regras.
Não por acaso, o Brasil perdeu prestígio, despencou no ranking e colecionou fracassos.
A CBV, liderada por Radamés Lattari, enxergou que manter o parceiro Bernardinho seria o caminho.
Natural.
As atitudes revelaram interesses e prioridades.
As saídas, provisórias, de Bruno e Lucão, líderes do Senado, e a ausência de Thales, não significam página virada.
Os dois ainda ameaçam a renovação.
A explicação é simples: Bernardinho decide quem vai, quem fica e quem volta.
Não por acaso a estratégia é sempre enaltecer o ado, deixar as portas abertas e enfatizar a liderança do ex-capitão, lançado estrategicamente no mercado como futuro técnico da seleção.
Por sinal, a escolha de Flávio para exercer a função soa como piada.
O central, que nunca jogou na seleção o que joga na Itália, combina com tudo, menos com liderança.
Esse é um dos problemas: critério.
É algo que a distante e nunca existiu na era Renan e Bernardinho.
O Senado enraizado deixa pouca esperança.
A desigualdade interna, escolhas que nunca levaram em consideração a parte técnica e profissionais ultraados na comissão técnica chancelaram a última gestão Bernardinho.
Sendo assim, o lema, para evitar decepções, é simples: desconfie de tudo e de todos.
Sempre.