Um dos grandes questionamentos sobre a transformação do Atlético em SAF foi o processo feito, já que os compradores foram justamente que já estava a frente da gestão da associação. Sócio majoritário, Rafael Menin falou pela primeira sobre o tema, e afirmou que ele foi totalmente transparente e que é uma injustiça citar conflito de interesse.

Rafael afirmou que o processo da SAF do Atlético durou mais de um ano, assessorado por grandes empresas como EY e BTG, e com o conselho do clube sempre por dentro do que estava acontecendo. Ele reafirmou o que tinha falado na época, de que não tinha a intenção de comprar o clube.

No entanto, no final do processo, segundo ele, o Galo não recebeu nenhuma proposta concreta, e aí que entram os chamados 4Rs, que além de Rafael tem o pai Rubens e os também empresários Ricardo Guimarães e Renato Salvador.

"A gente já estava aqui dentro. Era uma batata quente que você não faz ideia. Agora, coloca isso ao quadrado: era a situação do Galo. Então, tivemos que resolver. Já que não apareceu ninguém, fomos nós. Quando esse projeto começou, era nossa intenção ser sócios? Não era. Nunca foi nossa intenção. A gente queria ser uma ponte para um Galo saudável e sustentável. Não conseguimos", afirmou Rafael.

Como eles já estavam tocando o Atlético associação, surgiu o questionamento de conflito de interesse, ponto levantado por muitos críticos da SAF até os dias de hoje, já que quem vendeu foi também que comprou. Rafael discorda.

"Quando dizem que não houve transparência ou lisura, é um termo ruim. Quem não conhece tudo o que se ou, a dinâmica no Conselho, quem afirma isso está cometendo difamação. Então, quando se faz afirmações como ‘falta de transparência’, ‘conflito de interesses', o que houve foi exatamente o contrário. A gente entrou numa situação terminal. Então, dizer que a família (Menin) ou o Ricardo (Guimarães) teve conflito de interesse nesse processo é uma injustiça gigantesca", declarou o empresário.

Rafael destacou que, apesar de não terem a intenção de comprarem o Atlético, os empresários não se arrependem. Ele também garantiu que o Galo não é um negócio para ganhar dinheiro, pois teriam outras várias formas de investir o dinheiro que investiram.