Belo Horizonte recebeu, neste sábado (7/6), a segunda edição mineira da Liga Esportiva Nescau, maior campeonato poliesportivo estudantil do país. O evento, que aconteceu na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), na Pampulha, contou com cerca de 1500 inscrições de jovens entre 7 e 17 anos - sendo 10% deles pessoas com deficiência.
Neste ano, o evento contou com nove práticas esportivas, divididas entre modalidades, desafios e oficinas. Nas modalidades, as opções foram vôlei, futebol society, skate e peteca – esporte que é tradição da capital mineira. Nos desafios, a criançada arriscou no circuito chute ao gol e no arremesso 3 pontos; já nas oficinas, os esportes foram futmesa e Twister. Todas as oficinas e desafios também contaram com versões adaptadas para jovens PCDs.
Entre os jovens que buscam um lugar ao sol está Arthur Aguilar, de 9 anos, que competiu na categoria pré-mirim masculino. Ele e o pai, o artesão Rubens Aguilar, são de Brasília e percorreram cerca de 740 km para que o garoto pudesse competir.
"É tudo feito na raça, as categorias de base têm muita dificuldadeno Brasil. Inclusive essa viagem só foi possível porque o Arthur venceu uma competição na semana ada e usamos o dinheiro do prêmio, que foi de R$ 600, para custear o deslocamento", conta o pai.
Presente em diversas capitais do país, evento está comemorando seu décimo ano de existência e, de acordo com Anamaria Monte, gerente de marketing da Liga Esportiva Nescau, a adesão tem crescido ao longo dos últimos anos.
"Em Belo Horizonte, por exemplo, houve um crescimento de 50% no número de inscritos em relação ao ano ado, que marcou a primeira edição mineira do evento", comemora.
Ela também destaca que tem crescido a procura de meninas pela modalidade do skate. "Temos visto uma representatividade feminina crescendo no esporte, acredito que pela influência positiva da Raissa Leal", diz.