BRASÍLIA - A rede social X recorreu da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que ordenou, na última semana, o bloqueio de perfis da deputada Carla Zambelli (PL-SP).  

O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (9) na Suprema Corte. A defesa da plataforma solicitou que a suspensão seja reconsiderada e sugeriu, como medida alternativa, a remoção de conteúdo específico que potencialmente seja tipificado como “ilícito penal”. 

A determinação da suspensão das redes sociais de Zambelli foi assinada na última quarta-feira (4). A punição em caso de descumprimento seria multa diária de R$ 100 mil. Junto, Moraes publicou o decreto de prisão da deputada e outras ordens, como o bloqueio de contas bancárias e a apreensão de aportes. 

Zambelli saiu do Brasil, ou pelos Estados Unidos e foi para a Itália depois de ter sido condenada a 10 anos de prisão pelo caso de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), a deputada foi a mandante do esquema, executado pelo hacker Walter Delgatti.

A condenação de Zambelli, que teve os recursos esgotados na sexta-feira (6), determina a prisão e a perda do mandato – medida que deve ser cumprida nos próximos dias pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). 

Zambelli declarou que sofre “perseguição política” e frisou que sua prisão é “ilegal, inconstitucional e autoritária”. A deputada destacou haver uma “escalada autoritária” no país. “O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias”, frisou, por meio de nota.