BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “está tudo acertado” para que a equipe econômica apresente alternativas ao aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta, de acordo com ele, será feita “sem briga ou conflito”.
“Está tudo acertado. Pode ficar certo que vai acontecer exatamente aquilo que nós acertamos, sem briga e sem conflito. Apenas fazendo aquilo que tem que ser feito: conversar, encontrar uma solução e resolver. Só isso”, declarou neste sábado (7), em entrevista durante viagem à França.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu até o início da semana para que o governo apresente uma alternativa ao aumento da alíquota do IOF, medida publicada por decreto pelo governo e que desagradou parlamentares. Caso contrário, Motta deve colocar para votação um texto com poder de anular a elevação do imposto.
A nova proposta foi levada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Lula, Motta e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além de outros atores políticos, em uma reunião realizada na última terça-feira (3), antes da ida de Lula para a França.
Os novos termos serão, neste domingo (8), discutidos pela equipe econômica do governo em reunião com Motta e líderes partidários. A expectativa é que o pacote conte com reformas estruturais, uma das cobranças de Motta – que cita, diretamente, a reforma istrativa e o fim de isenções fiscais como medidas para aumento da arrecadação.
Na última segunda-feira (2), Haddad disse que prefere “soluções estruturais como qualquer ministro da Fazenda” e ressaltou que a pasta que comanda “não pode perder a iniciativa” no debate fiscal do país. “Se você perguntar para qualquer ministro da Fazenda o que ele prefere, são soluções estruturais. Se o Congresso está dizendo que também prefere, é muito melhor para o país".