BRASÍLIA - O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nesta quarta-feira (11) uma nota de solidariedade à ex-presidente argentina Cristina Kirchner, que foi condenada a seis anos de prisão e proibição perpétua de assumir cargos públicos, por istração fraudulenta. A pena foi confirmada na terça-feira (10) pela Suprema Corte da Argentina.

De acordo com a nota do PT, Kirchner é “a maior vítima de violência política e lawfare” da Argentina desde que o país reconquistou a democracia. O partido destacou o respeito ao Judiciário argentino, mas lamentou a “perseguição” que busca “afastá-la definitivamente da vida pública”.

“O Partido dos Trabalhadores respeita a autonomia do Judiciário da Argentina, mas lamenta que a ex-presidenta seja submetida a um processo de perseguição política, cujo objetivo maior é afastá-la definitivamente da vida pública”, diz a nota. 

A ex-presidente de centro-esquerda (2007-2015), principal opositora do governo ultraliberal de Javier Milei, foi condenada em 2022 por corrupção pelo pagamento de preços superfaturados e por concessões suspeitas de contratos para obras públicas na província de Santa Cruz (sul) durante a sua presidência.

"As sentenças proferidas pelos tribunais anteriores se basearam em abundantes provas produzidas", escreveu o mais alto tribunal argentino em seu veredicto. "Por isso, rejeita-se o recurso" que havia sido apresentado pela defesa, acrescentou.

A ex-dirigente acusou os promotores e vários juízes de parcialidade na chamada "causa Vialidad", e afirmou que o governo busca inabilitá-la politicamente.