Pela primeira vez em três décadas, pesquisadores anunciaram a descoberta de uma nova classe de antibióticos. A substância, chamada zosurabalpina, mostrou-se eficaz contra bactérias resistentes, incluindo cepas mortais que não respondem aos medicamentos disponíveis atualmente.

O que torna essa descoberta tão importante?

A resistência bacteriana é uma das maiores ameaças à saúde global. Estima-se que infecções por superbactérias matem mais de 1,2 milhão de pessoas por ano. A descoberta de novas classes de antibióticos é rara, e os poucos lançamentos recentes foram variações de medicamentos já existentes — até agora.

Nova abordagem contra uma velha ameaça

A zosurabalpina foi identificada por pesquisadores da Universidade Harvard e do Broad Institute. Diferente dos antibióticos comuns, ela atua em um ponto crítico da estrutura das bactérias gram-negativas, conhecidas por sua resistência a tratamentos. Em testes laboratoriais e em modelos animais, a molécula foi capaz de eliminar até as cepas mais agressivas de Klebsiella pneumoniae.

Esperança contra infecções hospitalares

A Klebsiella pneumoniae é uma das principais causas de infecções hospitalares, como pneumonia, sepse e infecção urinária. Ela frequentemente está presente em ambientes hospitalares e é resistente a múltiplos medicamentos, tornando-se uma das bactérias mais temidas pelos médicos.

Com a nova classe de antibiótico, os cientistas acreditam estar um o mais próximos de conter essa ameaça silenciosa. A descoberta abre caminho para o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes e menos suscetíveis à resistência.

Quando o novo antibiótico estará disponível?

A zosurabalpina ainda está em fase de testes pré-clínicos, mas os resultados são promissores. Se tudo correr bem, os primeiros estudos em humanos devem começar em breve, com potencial de uso em hospitais nos próximos anos.

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