Apesar dos esforços da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para ampliar a cobertura vacinal contra a gripe, a campanha ainda não atingiu seu principal objetivo: imunizar os grupos prioritários. Dados da Secretaria Municipal de Saúde indicam que pouco mais da metade desse público – composto principalmente por crianças e idosos – foi vacinado até o momento, bem abaixo da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde.
Apesar da baixa procura pelos públicos mais vulneráveis, a Prefeitura avalia positivamente o alcance das ações. “A adesão tem sido boa. As ações são um sucesso, mas, infelizmente, o público-alvo, que é quem realmente precisa, não comparece a esse tipo de movimentação”, afirmou uma fonte da istração municipal à reportagem de O TEMPO.
Neste fim de semana, a PBH intensificou a campanha com a abertura de postos de vacinação em locais de grande circulação, como o Shopping Cidade, na região Central, e outros centros comerciais. A movimentação durante a manhã deste sábado (7), sendo que a maioria dos vacinados era formada por adultos que estão fora do grupo prioritário, mas podem se vacinar gratuitamente na capital mineira.
O escrevente de cartório, Patrick Viana Carvalho, é pai de dois filhos e, assim como as crianças e a esposa, já está imunizado. “É necessário para evitar ou tentar ajudar a prevenir (a gripe). Acho que há muita falta de informação por parte das pessoas, que escutam que não vale a pena, mas é necessário”, declarou.
A pequena Laura, de 10 anos, filha de Patrick, destacou que não teve medo de tomar vacina por entender a importância da ação. “Eu tomo vacina normal, porque eu sei que é necessário. Não tem que ter medo”, disse à reportagem de O TEMPO.
Para tentar alcançar as crianças, a Secretaria Municipal de Saúde tem levado a vacinação até as escolas da rede pública. A imunização é realizada mediante autorização dos pais ou responsáveis, enviada previamente por meio de carta entregue pelas instituições. Idosos acamados têm recebido vacinação em casa, coordenada pelo poder público.
A campanha segue em diferentes pontos da cidade, com estratégias diversificadas para atingir os públicos de maior risco. Ainda assim, segundo fontes oficiais, ainda há resistência por parte da população.