A morte de Pedro Henrique, conhecido como PH, repercute no Aglomerado da Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo uma fonte ligada à Polícia Militar (PM), o homem era influente na região, como um dos líderes do tráfico. Ele era patrão da chamada Gangue do Coqueiro e morreu após ser baleado em um restaurante no bairro Fazendinha, na tarde desta sexta-feira (5 de julho). Um cantor de pagode também foi baleado.
Segundo testemunhas, o crime foi cometido por dois homens, que chegaram de moto e abriram fogo, atingindo PH e o músico, que não era alvo dos disparos e está internado, em estado de saúde estável, sem risco de morte, no Hospital Pronto-Socorro João XXIII. Os dois fugiram e são procurados pela polícia. Até a última edição da matéria, a autoria e a motivação do crime eram desconhecidas. A Polícia Civil investiga o caso.
Embora a motivação ainda seja apurada pelas autoridades, a reportagem apurou com uma fonte ligada à Polícia Militar que PH era influente na região e estava jurado de morte devido a conflitos relacionados ao tráfico de drogas.
Luto na comunidade
“Ele era muito influente. A comunidade está em luto.” As palavras são de um morador do Aglomerado da Serra, que terá a identidade preservada. Ele também cita receio de que a morte possa desencadear novas mortes, acirrando o conflito entre gangues rivais.
A influência de PH na comunidade é mostrada em números nas redes sociais. Uma página local, com mais de 45 mil seguidores, fez uma postagem sobre a morte. “A lágrima rolou, e o patrão faleceu. Fecha tudo isso. É luto”, diz a mensagem.
Em cerca de uma hora, o conteúdo contava com mais de 1 mil curtidas e quase 30 comentários, entre eles mensagens de luto. “Eterno PH. Jamais será esquecido”, escreveu uma internauta. “Que Deus possa confortar a família e amigos”, disse outro usuário.
Investigação
Em nota, a Polícia Civil informou que foi acionada para o local do homicídio e que uma equipe colhe “vestígios e informações que subsidiarão as investigações.”