No mundo da indústria automotiva brasileira, uma era está prestes a encerrar-se. O icônico motor Fiat Fire, que há décadas impulsionou uma variedade de modelos da marca italiana, está contando seus últimos dias.
Desde o Uno até o Palio e o Siena, este motor esteve presente em uma ampla gama de veículos, marcando sua presença na história do setor.
No entanto, com a evolução das normas de emissões de poluentes e a iminência do Proconve L8, em 2025, o destino do motor Fire está selado: dar lugar a uma unidade mais moderna, o motor Firefly.
Nome "Fire" não tem nada a ver com fogo
Criado na Itália em 1985, o motor Fiat Fire surgiu como uma inovação em engenharia automotiva. Apesar de formar uma palavra inglesa, o nome "Fire" do veterano motor da Fiat não tem nada a ver com "fogo", como muitos podem pensar.
Na verdade, trata-se de uma sigla para "Fully Integrated Robotised Engine" (Motor Totalmente Fabricado por Robôs), refletindo sua vanguarda tecnológica para a época, sendo o primeiro motor da Fiat projetado para construção inteiramente eletrônica, otimizando a produção em massa por meio da robótica.
No Brasil, os primeiros motores Fire foram introduzidos nos anos 2000, substituindo os antigos motores Fiasa. O Palio 1.3 16V foi o pioneiro a receber essa nova motorização, seguido pelo Palio Weekend e pelo Siena.
Ao longo dos anos, diversas atualizações foram feitas para manter o motor conforme as normas vigentes, culminando com as adaptações para o Proconve L7, em 2022.
Despedida do motor Fire e a ascensão do Firefly
Atualmente, os motores Fire são encontrados apenas em modelos específicos, como o subcompacto Mobi e alguns utilitários. Entretanto, com a chegada iminente do Proconve L8, a família de motores Firefly está pronta para assumir o posto.
Com opções de 1.0 e 1.3 L, os motores Firefly oferecem uma tecnologia mais eficiente e alinhada com as demandas contemporâneas de emissões e desempenho.